O Caminho – dia 2

Poucas coisas são tão metaforicamente iguais à vida, como andar de bicicleta.

Enche a tua bicicleta com todas as coisas de que podes precisar para teres conforto e segurança, e nesse aspeto, ficas descansado. Se tiveres uma avaria, tens toda a ferramenta. Se chover, tens roupa impermeável, uma muda de roupa e uma toalha. Se tiveres fome tens muita comida e se tiveres sede tens 3 bidons de água. Se a luz avariar, tens outra suplente. Mas todo esse peso extra vai-te atrasar no caminho, e tornar algumas subidas impossíveis de fazer a pedalar.

Faz um percurso bem planeado. Estuda tudo de antemão. Decora os pontos importantes do caminho. Marca hotéis e restaurantes. Percorre-o mesmo no Google Earth, antes de te lançares a ele, e assim, as hipóteses de algo acontecer fora dos teus planos vai ser quase nula. Mas assim, vais perder a surpresa da viagem, o encanto do desconhecido e a angústia de não saberes se o caminho será fácil ou difícil, ou mesmo impossível de seguir.

Na vida, temos de encontrar o equilíbrio entre ficarmos presos ao que nos atrasa, ao peso extra daquilo que assumimos que são as nossas responsabilidades e obrigações, e libertarmo-nos do que não é essencial, para partir à aventura e viver os nossos sonhos e projetos.

E em todos os planos que fazemos devemos deixar espaço para o inesperado. Confiar que a sorte protege os audazes e saber aceitar e ultrapassar o que nos calhar na sorte.

É uma questão de equilíbrio…como na bicicleta!

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